Em época de eleição os candidatos percorrem os bairros fazendo promessas impossíveis aos eleitores. Tem até promessas de asfalto, água, transporte, posto médico, etc.
Partidos, eleições e candidatos
Os partidos políticos cumprem uma função essencial nos sistemas políticos, emitindo aos eleitores sinais que sintetizam posições que serão adotadas no executivo ou no legislativo, caso este ou aquele partido seja vitorioso.
Em outras palavras, os partidos políticos representam ideologias, que transmitem para os eleitores indicações genéricas acerca da visão de mundo e um amplo conjunto de medidas, que são o resultado concreto desta visão de mundo.
A título de exemplo, tomemos o caso de um partido que possua como ideologia o liberalismo.
Tal ideologia destaca como visão de mundo, a concepção de que o mercado é a força motriz do progresso das sociedades, e, portanto, o Estado deve intervir o mínimo possível na economia, conferindo aos agentes econômicos a mais ampla liberdade de ação, e deixando que a livre concorrência regule as distorções.
Todo esse conjunto de informações é transmitido para os eleitores quando o partido traz em seu label (nome) a palavra “liberal”.
Mesmo o eleitor de menor informação e escolaridade é capaz de dispor de instrumentos cognitivos que lhe permitem “filtrar” informações, e distinguir dentre partidos e candidatos, aqueles que podem, teoricamente, melhor defender seus interesses no executivo ou no legislativo.
Eleições para o legislativo e para o executivo
O Brasil adota duas fórmulas eleitorais diferentes para eleger membros do legislativo e do executivo. Em ambos os casos, a imagem do partido e do candidato, não estão totalmente dissociadas.
Nas eleições para os legislativos vigora a fórmula proporcional combinada com o sistema de lista aberta. Nesse caso, é facultado ao eleitor o direito de votar num candidato de sua preferência ou apenas votar na legenda do partido.
Essa fórmula é chamada proporcional porque o número de cadeiras destinadas a cada partido depende do somatório, tanto dos votos individuais dos candidatos, como dos votos dados às legendas ou coligações.
Todavia, esse sistema produz um paradoxo que consiste na relação de interdependência entre partidos e candidatos, pois, se de um lado não existe uma lista pré-ordenada pelos partidos, por outro lado são poucos os candidatos eleitos apenas com seus votos individuais.
A fórmula proporcional destina cadeiras a cada partido dependendo do somatório, tanto dos votos individuais dos candidatos, como dos votos dados às legendas ou coligações
Em outros termos, o sistema de lista aberta possibilita para os candidatos a busca pelos primeiros lugares na lista partidária, assegurando assim, sua vaga no legislativo. Porém, a distribuição das vagas destinadas aos partidos leva em conta, como já foi dito os votos na legenda. Dessa forma, quanto maior for a votação do partido maior é a possibilidade de que o candidato mesmo com baixa votação individual, obtenha uma cadeira no legislativo.
Desse processo resulta uma relação de interdependência entre parlamentares e partidos, pois os votos obtidos para a conquista da vaga no legislativo se devem, tanto aos “méritos” individuais do candidato, que foi capaz de realizar uma campanha eleitoral competente, como aos “méritos” do label partidário, que possui uma imagem de credibilidade junto de determinada faixa de eleitores, e que obteve um número de votos ns sua legenda suficiente para complementar a votação individual de seus candidatos.
No caso dos executivos, a eleição ocorre através da fórmula majoritária em dois turnos. Assim, os dois candidatos mais votados no primeiro turno disputarão o segundo turno, sendo eleito àquele que obtiver maioria dos votos. Embora a figura individual do candidato mereça maior destaque nas eleições para o executivo, a imagem do partido é fundamental, sem falar na estrutura que os grandes partidos são capazes de propiciar para suas chapas majoritárias em termos de máquina de campanha eleitoral.
Assim sendo, os detentores de mandatos a frente dos executivos também estão vinculados aos seus partidos por uma relação de interdependência, sendo, em alguns casos, impossível aos eleitores dissociar a imagem do governante da imagem do partido.
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Os partidos políticos cumprem uma função essencial nos sistemas políticos, emitindo aos eleitores sinais que sintetizam posições que serão adotadas no executivo ou no legislativo, caso este ou aquele partido seja vitorioso.
Em outras palavras, os partidos políticos representam ideologias, que transmitem para os eleitores indicações genéricas acerca da visão de mundo e um amplo conjunto de medidas, que são o resultado concreto desta visão de mundo.
A título de exemplo, tomemos o caso de um partido que possua como ideologia o liberalismo.
Tal ideologia destaca como visão de mundo, a concepção de que o mercado é a força motriz do progresso das sociedades, e, portanto, o Estado deve intervir o mínimo possível na economia, conferindo aos agentes econômicos a mais ampla liberdade de ação, e deixando que a livre concorrência regule as distorções.
Todo esse conjunto de informações é transmitido para os eleitores quando o partido traz em seu label (nome) a palavra “liberal”.
Mesmo o eleitor de menor informação e escolaridade é capaz de dispor de instrumentos cognitivos que lhe permitem “filtrar” informações, e distinguir dentre partidos e candidatos, aqueles que podem, teoricamente, melhor defender seus interesses no executivo ou no legislativo.
Eleições para o legislativo e para o executivo
O Brasil adota duas fórmulas eleitorais diferentes para eleger membros do legislativo e do executivo. Em ambos os casos, a imagem do partido e do candidato, não estão totalmente dissociadas.
Nas eleições para os legislativos vigora a fórmula proporcional combinada com o sistema de lista aberta. Nesse caso, é facultado ao eleitor o direito de votar num candidato de sua preferência ou apenas votar na legenda do partido.
Essa fórmula é chamada proporcional porque o número de cadeiras destinadas a cada partido depende do somatório, tanto dos votos individuais dos candidatos, como dos votos dados às legendas ou coligações.
Todavia, esse sistema produz um paradoxo que consiste na relação de interdependência entre partidos e candidatos, pois, se de um lado não existe uma lista pré-ordenada pelos partidos, por outro lado são poucos os candidatos eleitos apenas com seus votos individuais.
A fórmula proporcional destina cadeiras a cada partido dependendo do somatório, tanto dos votos individuais dos candidatos, como dos votos dados às legendas ou coligações
Em outros termos, o sistema de lista aberta possibilita para os candidatos a busca pelos primeiros lugares na lista partidária, assegurando assim, sua vaga no legislativo. Porém, a distribuição das vagas destinadas aos partidos leva em conta, como já foi dito os votos na legenda. Dessa forma, quanto maior for a votação do partido maior é a possibilidade de que o candidato mesmo com baixa votação individual, obtenha uma cadeira no legislativo.
Desse processo resulta uma relação de interdependência entre parlamentares e partidos, pois os votos obtidos para a conquista da vaga no legislativo se devem, tanto aos “méritos” individuais do candidato, que foi capaz de realizar uma campanha eleitoral competente, como aos “méritos” do label partidário, que possui uma imagem de credibilidade junto de determinada faixa de eleitores, e que obteve um número de votos ns sua legenda suficiente para complementar a votação individual de seus candidatos.
No caso dos executivos, a eleição ocorre através da fórmula majoritária em dois turnos. Assim, os dois candidatos mais votados no primeiro turno disputarão o segundo turno, sendo eleito àquele que obtiver maioria dos votos. Embora a figura individual do candidato mereça maior destaque nas eleições para o executivo, a imagem do partido é fundamental, sem falar na estrutura que os grandes partidos são capazes de propiciar para suas chapas majoritárias em termos de máquina de campanha eleitoral.
Assim sendo, os detentores de mandatos a frente dos executivos também estão vinculados aos seus partidos por uma relação de interdependência, sendo, em alguns casos, impossível aos eleitores dissociar a imagem do governante da imagem do partido.
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